Você e o nada são uma coisa só
J. Krishnamurti, The Book of LifeVocê nada é. Pode ter o seu nome e título, sua propriedade e conta no banco, pode ter poder e ser famoso, mas apesar destas salvaguardas, você é como o nada. Você pode ignorar totalmente este vazio, esta nulidade, ou pode simplesmente não querer saber disto; mas está aí, faça você o que quiser para evitar. Você pode tentar escapar disto por vários desvios, pela violência pessoal ou coletiva, pela adoração individual ou coletiva, pelo conhecimento ou diversão; mas esteja você dormindo ou acordado, está sempre ali. Você só pode se dar conta desta nulidade e seu medo ficando consciente sem escolha das fugas. Você não está relacionado com isto como uma entidade separada, individual; você não é o observador olhando isto; sem você, o pensador, o observador não existe. Você e o nada são a mesma coisa; você e o nada são um fenômeno único, não dois processos separados. Se você, o pensador, tem medo disto e o aborda como uma coisa oposta e contrária a você, então qualquer ação que você possa tomar em relação a isto inevitavelmente levará à ilusão e a mais conflito e miséria. Onde há a descoberta, a experiência desse nada como você, então o medo – que existe só quando o pensador está separado de seus pensamentos e tenta estabelecer uma relação com eles – se afasta completamente.